Informações
Este trabalho incide sobre um período específico da História da Arqueologia Portuguesa, o século XVIII. Constituindo-se como a etapa imediatamente anterior ao nascimento da Arqueologia enquanto disciplina científica, pretende-se asseverar a importância das investigações setecentistas para a mesma. Para o efeito, é utilizada uma abordagem tripartida. Um primeiro foco no estudo das Antiguidades, dos moldes em que este se realiza, nos períodos cronológicos explorados e nas interpretações que são formuladas acerca de vestígios materiais específicos. Um olhar sobre a constituição de Gabinetes enquanto espaços recetores destas realidades do Passado, na sua organização e lógica colecionista, constitui o segundo tópico. Finalmente, a análise dos Colecionadores, os agentes responsáveis quer pelo estudo das Antiguidades quer pelos Gabinetes, definindo aqui os seus lugares na sociedade do século XVIII, e os seus interesses acerca dos temas do Passado. Assim, pretende-se perscrutar a existência de um pensamento arqueológico setecentista, e definir as suas principais caraterísticas, e o seu papel para a História da Arqueologia Portuguesa. (CARVALHO, 2019, resumo)