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Três atos: Gabinetes de Curiosidades, Curadoria e Museus
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Três atos: Gabinetes de Curiosidades, Curadoria e Museus
Informações
Nesta dissertação abordam-se considerações históricas e críticas sobre os temas “Gabinete de Curiosidades, Curadoria e Museus”, tanto setorialmente, como nas suas múltiplas relações. São tidos em conta contributos teóricos relevantes de diversos autores, tais como: Collen J. Sheehy, Dalila Rodrigues, Gilmar de Carvalho, Jacques Le Goff, Sharon Macdonald, Stephanie Jane Bowry, Delfim Sardo, Nuno Grande, Rosalind Krauss, Roland Barthes, Beatrice von Bismark, Jens Hoffmann, Alan Roth e Sevova, Felix Vogel e Patrick Mauriés. No primeiro capítulo, apresenta-se uma contextualização do tema “gabinetes de curiosidades”. Tendo como base a ideia essencial de que são suportes e dispositivos utilizados pelo homem como depositários de objetos para comemorar a memória, a pesquisa destaca algumas contribuições, designadamente de Quicchenberg, para o estudo da genealogia dos gabinetes de curiosidades. Ainda neste capítulo, selecionam-se e analisam-se contributos dos seguintes artistas: Arthur Bispo do Rosário; a dupla Robert Williams e Mark Dion e, por último, Marcel Duchamp. O ato de selecionar, considerado no primeiro capítulo, promoveu a possibilidade de abordar, no capítulo seguinte, a prática curatorial e, sobretudo, a ideia do curador como autor, ou ainda do artista como curador. Buscou-se uma análise crítica da atividade da curadoria, colocando em perspectiva os fabricantes de exposições, a ideia de liberdade curatorial e a efemeridade das exposições. O tema “gabinetes de curiosidades” impulsionou a elaboração do terceiro capítulo, que é dedicado a museus, coleções, dispositivos de exibição, preservação, conservação e mediação na atualidade. Seguidamente, propõe-se um olhar ao museu como espaço metafórico. No final deste capítulo, apresenta-se um estudo de caso de práticas contemporâneas de dois museus em Portugal, nomeadamente, do Atelier Museu Júlio Pomar e do Museu Serralves. A relação entre homens e objetos é abordada no quarto capítulo. Buscou-se, através de apontamentos de diversos autores, refletir sobre o valor atribuído aos artefatos, sobre o poder evocativo dos objetos, assim como sobre os objetos enquanto “bens culturais” e o processo da sua patrimonialização. No quinto capítulo estabelecem-se relações possíveis entre as salas dos milagres, os gabinetes de curiosidades e analisam-se duas obras do artista francês Arman. Neste capítulo, apresenta-se, ainda, o trabalho prático que se desenvolveu paralelemente à pesquisa e à redação da presente dissertação. (SABARÁ, 2018, resumo)
Referências
SABARÁ, Tales Elísio Ribeiro. Três atos: Gabinetes de Curiosidades, Curadoria e Museus. Dissertação de Mestrado em Estudos Curatoriais apresentada ao Colégio das Artes. Coimbra, 2018.